quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

> Corpos Itinerantes






















Experiência cinestésica-visual, pós-atentados culturais. Será algum alien ou mesmo uma mamona tornada humana? Ou será um humano tornado mamona? Mistura-se ao tecido urbano, socializando a dúvida. O outro, espelho que reflete a minha condição atual - separada – caminha e carrega a liberdade de eleger significados. Compartilho o objeto que, como caleidoscópio, imprime tantas outras sensações em tantas outras mentes alucinadas pelo poder da cor, da forma e da arte tornadas públicas. É criado o New Beauty.

Daigo L. Mata

Belo Horizonte MG, 2002

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

> Furamundo (vídeo)

> Currículo resumido

Geraldo Loyola

Cel. Murta MG, 1959
(vive e trabalha em Belo Horizonte - MG - Brasil)
geraldoloyola@gmail.com

Formação

Mestre em Artes, UFMG, 2009
Pós-graduação Pesquisa e Ensino no Campo das Artes, Escola Guignard, UEMG, 2002
Licenciatura Educação Artística, Escola Guignard, UEMG, 1999
Bacharelado Artes Plásticas, Escola Guignard, UEMG, 1994

Coletivas, Individuais, Salões

Multiparidade, coletiva, Palácio das Artes, Belo Horizonte, 2007
Furamundo, Intevenção Urbana, FUNEDI, UEMG, Divinópolis, MG 2006
MIP Manifestação Internacional de Performance, Corpos Itinerantes, Belo Horizonte, MG,
3º riocenacontemporânea, Corpos Itinerantes, Rio de Janeiro, RJ, 2002
6º Festival Internacional de Teatro FIT, Corpos Itinerantes, Belo Horizonte, MG, 2002
57º Salão Paranaense, Museu de Arte Contemporânea, Curitiba, PR, 2001
Centro Cultural UFMG, individual, Belo Horizonte, MG, 1999
Tridimensional Contemporâneo em Minas, coletiva, Belo |Horizonte, MG, 1999
Centro Cultural Nansen Araújo, individual, objetos e instalação, Belo Horizonte, MG
1ª Bienal de Arte Contemporânea, Cataguases, MG, 1996
3º Salão Victor Meirelles, Museus de Arte de S. Catarina, Florianópolis, SC, 1995
2º Salão de Arte da Bahia, Museu de Arte Moderna, Salvador, BA, 1995
Kibutz, Coletiva, Palácio das Artes, Belo Horizonte, MG, 1994
10º Salão Nello Nuno, Universidade Federal de Viçosa, MG, 1994 (Prêmio Caixa Econômica Federal)

> O que te incomoda?





> Canga

> Objetos e Instalação (Matéria TV)

> Orbital

“...sorvete: na mão, na língua
ou na testa?
É desta analogia
que eu quero que se trate,
pois,
embora pareça a matéria morta,
é solvente e agente
feito gente
que tudo suporta.

E é neste tipo de aporte
tudo junto ou partes
que despertam a vida e a morte,
ambas a mesma arte.”

Lincoln Volpini
Belo Horizonte, 1996

> Olha aonde anda, Menino! (Matéria TV)

> Olha aonde anda, Menino!















Toda e qualquer obra de arte sempre esconde à primeira vista o que predente ser e, de alguma forma, parece inalcançável. Mas a mesma obra também expõe repentinamente o seu nó-de-significações, abrindo-se no espaço onde irá flutuar e passar a pertencer ao mundo.Se não se pode afirmar tratar-se de esculturas esses feixe-de-nervos sem volume, massa e peso que descrevem os “objetos” de Loyola, sabemos, por outro lado, que o nosso artista também “esculpe”...
Embora sem inclusão ou exclusão de limites, suas linhas bailarinas recolhidas no vagar de seu caminho, nas trilhas por onde anda, são linhas que re-têm, contêm, e concernem muito além da mera facticidade dos nós-de-arame. Porque surgem dos vazios que abraçam os objetos e definem sua forma plástica no espaço. Forma dinâmica que em seu jogo de curvas e quebras sugere uma determinação de efeitos na busca de movimento e ilusão.
“Eu queria desenhar assim”, confessa o artista. Ora, sabemos
que ele está desenhando o tempo todo... E o vazio do espaço, freqüentemente definido como “falta”, des-cobre, des-vela e re-colhe nesse desenho coisas escondidas nas trilhas da natureza.
Pois physi kruptesthai philei (a natureza ama esconder-se), escreveu Heráclito há muito tempo! E desse escondimento surge o brilho da verdade, que é não-velamento, não-encobrimento, não-escondimento – retirada do véu que encobre as coisas do caminho-mundo de Loyola.
Se não há, pois, um olhar capaz de esgotar esses “objetos”, cuja simplicidade
quase escandalosa é algo que nos perturba fortemente, esse lugar do ainda-não, do secreto e do sensual é no mesmo gesto liberado amorosamente de seu esconderijo... A poética de Loyola pode ser definida como uma imensa força dada à vontade que as coisas possuem de ser reais e aparecer no mundo de outra forma, pela vez primeira.

Maria José Campos da Mata
Belo Horizonte, julho de 1999.

> Sobre alguns caminhos do cotidiano e outras utopias

Palha de aço e pigmentos sobre madeira
Imagem: Ricardo Coacci

10º Salão Nello Nuno de Artes Plásticas
, Universidade Federal de Viçosa – MG, 1994. (Prêmio Caixa Econômica Federal).






segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

> Kundalini



Bucha Vegetal e Cera de Abelha
2º Salão MAM-BA 1995
Museu de Arte Moderna - Salvador - BA



“Basta uma imagem para fazer tremer um universo”
G. Bachelard – A terra e os devaneios da vontade

Pensando sobre um corpo, planície que se desenha em relevos e entranhas, o orgânico se pensa e insiste, existindo em nem se sabe quantos modos: um, a buxa, outro, o que se abre / obra.
Concreta, ou discreta, a organicidade se desmembra, criando seqüências de alvéolos, encadeando fibras, incorporando outras formas, percorrendo a kundalini do geral e do particular.
Partícula, caixa, caixão, até que moldura, envolvendo cera, ou de terra, encerrada em área (inscrita), em museu ou local que se encerra.
A verticalidade sendo uma espécie de revolta contra o descanso, afirma a intra-visão do encorpado e, ao passo que constrói, disseca essa forma e a torna norma de outro tema, sombra de outro mundo. Seria essa a causa de Loyola? Seria esse flagelo de um corpo, o que transvira em diferencial Loyola e obra?
Seria arte uma outra coisa? Que coisa, hein? Seria, talvez, não um comércio com as coisas, mas um tratamento espiritual do corpo nas coisas, das coisas que também corpo são? Seria a coisa em si, coisificada pelo artista, enfim, o espiritual na arte?
Poderia ser a buxa buxaria ou mero debuxo de outra coisa que não-buxa? Mera ocupação, efêmera, do espaço ou empuxo?
Pois é nesse prumo da introversão, nessa intra-psicologia do aprumo, que os trabalhos que descrevo semelhantemente se descrevem: essa aproximação do que é vegetal no animal, onde as noções se complicam, as formas sempre virgens explicitam – diretas – como o mundo se mistura, tal como o artista obra.
Buxa, cera, humano e madeira. A buxa, estranha coisa. A cera, cristalizando-se em uso, mas nunca quase tinta. Madeira, que enforna a idéia quente , e homem – qual? tal? Nessa reunião, quando cera e humano, parece, vão engolir tudo, é que se dá o afloramento, aquele tremor elétrico na coluna, que, alguma vez, sentimos como arte – medular, por inteiro.
Sinto assim a caixas de Loyola, imagens quase-naturais, mas exsudado em nós um certo temor estético de que desconheçamos estas naturalidades, que se apresentam em nós e nelas, nessa ascese ativista – nossa e delas.

Lincoln Volpini
Belo Horizonte, agosto de 1995